Semana Hermilo 2013 [22 a 28 de julho]




Essa frase de Hermilo, dada numa entrevista a Paulo Cunha, no Semanário Movimento, no ano de 1976, foi o que nos moveu na concepção dessa Semana em que se celebra o seu aniversário. Muitos olhares e enfoques foram abordados ao longo da história dessa celebração cultural que se iniciou em 2002, e muitos outros terão lugar, sempre com abordagens instigantes e necessárias. Sem dúvida a obra hermiliana ainda não teve a fruição devida, nem foi suficientemente estudada.O Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo Hermilo pretende, de 22 a 28 de julho de 2013, oportunizar na prática - dando ênfase na programação aos espetáculos populares dramáticos - a reflexões e vivências que nos levarão, artistas e público, a retornar criticamente a frase acima referida por Hermilo. Não buscamos unanimidade e nem plenas concordâncias. Sugerimos o debate. Conhecer com o outro. Ser lugar comum da celebração, da formação, da pesquisa e da fruição dessas expressões simbólicas que chamamos de teatro, dança, circo e ópera. Um lugar de convivência.

Viva a Semana Hermilo!

Carlos Carvalho


PROGRAMAÇÃO SEMANA HERMILO 2013

22 de Julho - Segunda-feira
19h - Abertura oficial
Leda Alves / Professor Luiz Augusto Reis / Carlos Carvalho
Participação musical do Banco do Cavalo Marinho Boizinho Alinhado.
19h30 - Relançamento da Tetralogia Um Cavaleiro da Segunda Decadência de Hermilo
Borba Filho - Edições Bagaço
- Exposição de Máscaras do Cavalo Marinho Boi Matuto, de Pedro Salustiano
20h
Exibição: Hermilo no Grande Teatro do Mundo, 2010, MMP/Fundaj
Direção Carla Denise.
Comentários: Diretora Carla Denise e poeta Juareiz Correya

23 de Julho - Terça-feira
19h - Exibição: O Bicho Misterioso dos Afogados – Função de Antonio Pereira. 1953.
Fundaj, Direção Romain Lesage
Comentários: Secretária Leda Alves e professor João Denys de Araújo

24 de Julho – Quarta-feira
19h - Exibição: O Almirante. Rede Globo Nordeste, 1997. Direção e adaptação
Carlos Carvalho e Paulo Costa
Comentários: Carlos Carvalho e Paulo Costa (com a presença do elenco)

25 de Julho - Quinta-feira
19h - Exibição: Samba no Canavial, Herança de um Brincante. Urso Filmes, 2007
direção Paulo Caldas
Sambada com o Maracatu Piaba de Ouro de Olinda (Mestre Cleiton Salu)
e Maracatu Carneiro Manso de Glória do Goitá (Mestre Reginaldo Silva)
Apresentação de Manuel Salustiano Filho

26 de Julho - Sexta-feira
16h - Apresentação Mamulengo do Mestre Tonho, Pombos
Comentários: Mamulengueiro estudioso Fernando Augusto Gonçalves
19h- Apresentação do espetáculo de dança Sobre um Paroquiano –
Compassos Cia de Dança, Recife
Comentários: Coreógrafos Raimundo Branco e Arnaldo Siqueira

27 de Julho - Sábado
16h- Apresentação do Mamulengo Riso do Povo do Mestre Zé de Vina,
Gloria do Goitá
Comentários: Professor e diretor teatral Marcondes Lima
19h - Apresentação do Cavalo Marinho Boi Matuto, Olinda
Comentário Professor Luiz Augusto Reis, dançarino Pedro Salustiano

28 de Julho - Domingo
18h- Apresentação Lazzi e Brincadeira de Cavalo Marinho e Commedia Dell´arte.
Scambio Dell´Arte. Cia Buffa de Teatro/Bottega Buffa Circovacanti & Peleja
Colaboradores: Cavalo Marinho Estrela de Ouro & Cavalo Marinho
Boi Brasileiro. Artistas/pesquisadores/brincadores: Joice Aglae, Aguinaldo
Roberto; Guryva Portela, Lineu Guarald,; Diana Ramos e Verônica Risatti
Convidados: Mestre Biu Alexandre; Luis Paixão, Maíca, Mina, Minho,
Martelo e Zé Mário
19h- Apresentação musical de Adiel Luna, Tiúma, São Lourenço da Mata
20h- Encerramento com Forró do Matulão do Mestre Grimário, Aliança.

Centro Apolo-Hermilo
Informações: 3355-3320/3355-3321

Fonte: Imagem Google
Postado por: Erika G.L.França

Estreia no Teatro Apolo - O Menino da Gaiola [sábados e domingos]

O Menino da Gaiola” vai lançar questões importantes a crianças e adultos a partir de algo bem simples: a possibilidade do sonhar

“Você tem algum sonho preso?”. Esta é a pergunta mais frequente de Vito, um garoto de nove anos que, inspirado pelo tio, um criador de pássaros, resolve sair numa jornada pelo mundo portando apenas uma gaiola. Mas não quer prender passarinhos e, sim, anotar em papel os sonhos de cada pessoa para depois fazê-los voar, voar, voar...

De perfil inegavelmente poético e indicado para crianças a partir dos sete anos, “O Menino da Gaiola”, espetáculo infanto juvenil com produção do Bureau de Cultura, cuja estreia está marcada para o próximo dia 20 de julho, no Teatro Apolo, conta a história de Vito, este menino curioso, esperto, que teima em saber os sonhos daqueles que encontra em seu caminho. Vito é órfão de pai e mãe e vive com a avó Dona Erundina e o Tio Efúvio. Ela, amável e dramaticamente divertida, gosta de contar lindas histórias enquanto borda tecidos coloridos; ele, um companheiro familiar incentivador, cria voadores em gaiolas espalhadas pela casa. É no aniversário de Vito que surge a ideia do garoto sair pelo mundo portando sua gaiola, pronta para receber, como pássaros de papel, sonhos mil. Presos até então, seu objetivo é libertá-los.


 Temerosa, a avó alerta sobre os perigos do mundo, mas Vito responde com ar de quem já descobriu tudo: “Minha vó, você vê muita televisão”. Não sabe ele dos sustos que irá encontrar na jornada, ainda que em meio a momentos divertidos e de extrema poesia. O diretor Samuel Santos define: “Enquanto a criança sonha para entrar, simbolicamente, num mundo de fantasia, de um certo paraíso, geralmente com reis, fadas e príncipes, Vito se depara com o mundo real, com personagens que estão à margem da sociedade, mas que ele não tem medo de se relacionar, não tem preconceito: um mendigo que teve o rosto queimado, uma menina que é assediada pelo padrasto e pescadores que sofrem por não encontrarem mais o ganha-pão. É um sonho às avessas, que mergulha na realidade, mas ainda repleto da fantasia própria do mundo infantil, com personagens lúdicas, mesmo que em situações cruéis e verdadeiras”.



Esta escolha pelo universo onírico ameniza temas bem duros que são levados à cena, como, por exemplo, o abuso sexual de menores, através da garota Liz, que sofre com seu padrasto. Para tratar deste assunto, o diretor optou por uma marcação de cena que, de certa forma, pontua toda a encenação, apostando no brincar constante. A difícil realidade do mundo atual está ali, no tema exposto, mas numa linguagem que não vai agredir nem crianças nem adultos e, certamente, vai lançar questões, já que um dos objetivos da montagem, além de permitir debates ao final com a plateia (estão sendo agendadas sessões especiais para alunos da rede pública de ensino e ONGs), é fazer com que a família que vai ao teatro possa conversar sobre tudo o que foi visto. É tirar o caráter passional do espectador, seja criança ou adulto; fazer fervilhar reflexões na cabeça de cada um e permitir o diálogo familiar após cada sessão.



“O Menino da Gaiola” é o primeiro texto teatral assinado pelo ator, dramaturgo e publicitário recifense Cleyton Cabral, atualmente em período de estudos na Argentina (mas já garantiu presença na estreia, dia 20). No elenco, Evilásio de Andrade como o protagonista; Auricéia Fraga, Márcio Fecher, Eduardo Japiassu e Ana Souza. A trilha sonora é uma criação original da cantora e compositora Isaar, que foi buscar inspiração no próprio filho e construiu tudo com a sonoridade de brinquedos, além da voz, flauta, violino e didgeridoo, instrumento de sopro. A iluminação é assinada por O Poste Soluções Luminosas (Naná Sodré e Agrinez Melo); figurinos de Java Araújo; maquiagem de Gera Cyber e cenários de Renata Gamelo, Arthur Braga e Samuel Santos. Na produção executiva, Clarisse Fraga.
A encenação tem um ar despojado e já começa com o elenco brincando com a percussão corporal e procurando saber o sonho de alguns dos espectadores na plateia. Seguindo a máxima do que diz sua avó, “a gente sonha e fica mais perto das estrelas que nos guiam”, Vito empreende sua jornada. No caminho, Onário é a referência ao mendigo que teve o rosto queimado e vive na escuridão (diz ele, “sem sonho é o nada, o vazio”); Lis é a garota que mora na cidade de Sentilavras (sentimento + palavras) e sofre pelo assédio do padrasto que teima em descobrir o posinho de boneca que a garota, metaforicamente, traz numa parte do corpo; e os pescadores Domásio e Damásio só conseguem achar sofás, pneus e geladeiras no rio que deveria lhes dar o peixe do sustento. Como se vê, através destas personagens, questões do dia a dia frequentemente estampadas no jornal vêm à tona, como um alerta às crianças e adultos. “É uma dramaturgia corajosa, que lança assuntos dos tempos de hoje e abre essa possibilidade do diálogo”, lembra o diretor Samuel Santos. Mas o tema principal, que permeia todas as cenas, é mesmo o cultivar dos sonhos.

É tanto que, durante toda a trama, brincadeiras como peteca, corre-corre, esconde-esconde são lembradas, tentando reavivar o sonho libertário de cada uma das personagens, inclusive do garoto Vito, que não conheceu os pais porque, segundo sua avó, eles “viraram estrelas”. Para o ator Evilásio de Andrade, de 29 anos, mas com cara e jeito de menino, sua personagem pautou-se na curiosidade. “Vito é um garoto atento a tudo, que não para. Cercado por temas muito fortes, o mais bonito é perceber sua ingenuidade, afinal, ele é uma criança. Isso dá uma leveza a mais a sua trajetória”, pontua. O Menino Maluquinho, de Ziraldo, serviu de inspiração. “Eu sou quieto, tímido, e Vito é o oposto de mim. Mas o mais legal é o encantamento que ele carrega em si. Ele pensa com força e consegue o que quer. É essa possibilidade de sonhar e realizar os desejos que tem a ver comigo”, completa.

Nesta fábula sobre a liberdade, Vito fica sendo, então, esse menino que carrega o seu e o sonho de muitos...

Dia: do dia 20 de julho ao dia 04 de agosto/2013 [temporada aos sábados e domingos]
Hora: 16h
Local: Teatro Apolo
Censura : indicado para crianças a partir dos 7 anos
Duração: 55 minutos
Ingressos:
R$10,00 [inteira]
R$5,00 [meia]
crianças, estudantes, professores e maiores de 60 anos
Bilheteria do teatro a partir das 15h
Informações: 
Samuel Santos (diretor) 8835 6304 / Clarisse Fraga (produtora) 8837 1485 / Cleyton Cabral (autor) 9680 5177 ou 8897 7747 / ccomunicador@gmail.com, Leidson Ferraz 3222 0025 / 9292 1316.
Centro Apolo-Hermilo: (81) 33553320/ 33553321


Postado por: Erika G.L. França

Cine Teatro Apolo - Programação dias 29, 30 e 31 de julho de 2013



A Fuga do Planeta Terra, a história se passa no planeta Baab, onde o honrado astronauta Scorch Supernova é considerado um herói nacional para toda a população alienígena. 



Eis que se tem conhecimento de que um grupo de aliens pretende realizar uma fuga da prisão conhecida como Area 51, no planeta Terra. A prisão, criada por um governo tirânico que controla o universo, mantém detidos todos os seres que habitam o espaço e se opõem à sua tirania. No planeta Terra, a prisão está conectada ao Triângulo das Bermudas.



Scorch Supernova irá se unir ao irmão Gary para poder salvar os Extra-terrestres e todo o universo.





Censura: LIVRE
Duração: 90min
Genero: Animação, Comédia, Ficção Científica, Aventura
Nacionalidade: EUA, Canadá
Dias: dias 29, 30 e 31 de julho 2013
Horário: 15h e 17h



Como fazer um filme sobre um ídolo de várias gerações, conhecido por posturas nada ortodoxas diante de preceitos passados de pai para filho? 



 Embarcar no espírito revolucionário e chutar o balde, ou maneirar mais na tinta e assim dar um colorido, quem sabe, mais suave? 


Somos Tão Jovens prometia retratar o passado do cantor, compositor e poeta Renato Russo, e fez isso. Mas não será estranho ouvir alguém falar sobre uma sensação de que rolou um certo "descompasso e desperdício", resultando (com trocadilho) em tempo perdido. Será que dá para tanto?



Censura: 14 anos
Duração: 144min
Genero: Drama, Biografia
Nacionalidade: Brasil
Dias: dias 29, 30 e 31 de julho 2013
Horário: 18h50


INGRESSOS
Inteira: R$4,00
Meia: R$2,00 (estudante, idosos com mais de 60 anos e portadores de deficiência)
A bilheteria estará aberta a partir das 16h
Informações: 3355-3318 / 3355-3320

Fonte: Imagens Google
Postado por: Erika G.L. França

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