HERMILO BORBA FILHO
Síntese
Biobibliográfica
Hermilo Borba Filho nasceu no
Engenho Verde, município de Palmares, zona da mata-sul de Pernambuco, em 8 de
julho de 1917, e morreu no dia 2 de junho de 1976, no Recife.
Em 1950, depois de algumas
passagens por outros cursos universitários, formou-se em Direito pela
Universidade Federal de Pernambuco. Sua carreira, contudo, foi notadamente
fugaz:nada mais de 15 minutos, o tempo que permaneceu num escritório montado
com um amigo. Hermilo, na verdade, se sentia atraído pelo teatro.
Foi através do teatro que Hermilo
Borba Filho realizou sua grande contribuição para vida cultural do país.Ainda
no Nordeste, fundou com Ariano Suassuna o Teatro do Estudante de Pernambuco em
1946. Em 1953 mudou-se para São Paulo, onde dirigiu a Companhia Nydia Lícia –
Sérgio Cardoso, a Companhia Cacilda Becker, o Grupo Stúdio Teatral e o Teatro
Paulistano de Comédia. Suas Atividades jornalísticas incluem passagens pelos
jornais Última Hora e Correio Paulistano e pela Revista Visão, da qual foi
diretor. Também participou do Conselho Editorial do jornal Movimento. No
Recife, trabalhou na Folha da Manhã, no Diário de Pernambuco, no Jornal do
Commercio, entre outros.
Exerceu atividades culturais em
diversas entidades, como a Universidade Federal de Pernambuco, o Serviço
Nacional de Teatro, a Secretaria de Educação e Cultutra de São Paulo, a
Secretaria de Educação e Cultura do Recife, Movimento de Cultura Popular,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal da Paraíba,
Cine Clube do Recife, Escolinha de Arte do Recife, Centro de Comunicação Social
do Nordeste e Centro Cultural Luiz Freire.
Escreveu 23 peças de teatro, das
quais 7 estão publicadas, e os romances Os caminhos da solidão (1957),
reeditado pela Mercado Aberto em 1987; História de um Tatuetê (1958); Sol das
almas (1964); a tetralogia Um Carvalheiro da segundaDecadência, que inclui os
romances Margem das lembranças (1966), A porteira do mundo (1967), O cavalo da
noite (1968), e Dues no pasto (1972); e Agá (1974). Também é autor de contos,
de uma novela – Os ambulantes de Deus – e de livros de pesquisa sobre teatro.
Costumava dizer que “não se pode
ficar na infância o tempo todo, e o amadorismo é uma infância, quando não, em
muitos casos, uma atrofia, e até mesmo uma arapuca. Explora-se muito o
amadorismo por este país afora. Eu, pessoalmente não acredito em nenhuma obra
de arte amadora”.
Foi considerado, pelo Ministro da
Cultura André Malraux, como título de Chevalier de I’Ordre dês Arts e dês
Lettres.
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