O grupo segue na linha de pesquisa que tem no ator o eixo fundamental para a construção cênica, o grupo Osfodidário realiza seu novo projeto, uma livre adaptação da obra literária A Morte e a Morte de Quincas Berro D´água. Jorge Amado, autor do livro em questão, é um dos escritores brasileiros mais conhecidos no mundo inteiro. Através de sua imaginação e de suas mãos nasceram obras inesquecíveis como Tieta do Agreste, Dona Flor e seus Dois Maridos, Mar Morto, Capitães da Areia, Tocaia Grande, entre outros. Muitos destes enredos já foram adaptados para o teatro, televisão e cinema. Histórias povoadas de marcantes personagens, entre eles, Quincas, o homem que do íntegro e cumpridor Joaquim Soares da Cunha, transformou-se no bêbado mais famoso da Bahia, Berro D´água. A Morte e a Morte de Quincas Berro D´água é, antes de tudo, uma crítica azeda aos comportamentos burgueses, onde o escritor com muito humor e ironia narra a história do homem que mesmo depois de morto terá sua noite “memorável” ao lado de seus colegas de copo e aventuras. Noite esta que culminaria com mais uma morte, desta vez, uma morte mítica, fantástica, poética.
Obra que em seu lançamento em 1959 foi considerada por Vinícius de Moraes “a melhor novela da literatura brasileira”. O grupo Osfodidário encara o desafio de encenar esta história de realismo fantástico que retrata o universo marginal em oposição ao mundo mesquinho e preconceituoso da burguesia amante das aparências. Em Quincas a história do cachaceiro-mor de Salvador é recontada por seus quatro inseparáveis amigos: Curió, Negro Pastinha, Cabo Martim e Pé-deVento. Estes quatro companheiros reúnem-se mais uma vez para recordar as aventuras vividas por Berro Dágua antes e depois de sua morte, convidando a platéia a embarcar nesta fantástica história.
O elenco consiste no centro da encenação em Quincas. Os atores transformam o cenário, multiplicam-se em diversos personagens, realizam a sonoplastia, enfim, assumem seu lugar de “donos da cena”. Outro aspecto marcante na encenação é a utilização do elemento água na narrativa. A água transforma-se num elemento estético e simbólico representando a embriaguês, as lágrimas da perda, o mar. Embebidos neste universo, os personagens-narradores seduzem o público a este mergulho poético nas águas sem fim do “campeão do falecimento”, Quincas Berro Dágua. Osfodidário homenageia Jorge Amado no ano de seu centenário com esta adaptação teatral de uma de suas maiores obras ressaltando que, assim como Quincas Berro D´água, seu criador “teima” em perpetuar sua vida mesmo após sua morte física, permanecendo vivo em suas palavras, páginas e livros, em nosso imaginário, povoando-o de imagens tão exuberantemente brasileiras.
Sinopse Nesta adaptação teatral da obra de Jorge Amado A morte e a morte de Quincas Berro Dágua, a saga do “campeão do falecimento”, Quincas, o homem que abandonou a família burguesa para ingressar no universo do baixo meretrício é contada por seus amigos de copo e aventuras Pastinha, Curió, Cabo Martim e Pé-de-Vento.
FICHA TÉCNICA COMPLETA
Direção e adaptação Daniel Porpino
Grupo de Teatro Osfodidário CNPJ 15.498.920/0001-59 Rua Dr. Jaime Lima, 40 – Pedro Gondim. João Pessoa-PB (83) 8680-3028 / 8750-1073 osfodidario.producao@gmail.com Texto Baseado na obra de Jorge Amado A Morte e a Morte de Quincas Berro D’água
Plano de Luz Fabiano Diniz
Direção musical Letras de Daniel Porpino musicadas por: Wilame AC (Outra Garrafa) Chico Limeira (A Badalada do Hoje) Osfodidário (Quitéria) Arthur Pessoa (Amor ao Mar)
Oficina de percussão Macaxeira Acioly
Figurino Alexandre Targino
Concepção de cenário Daniel Porpino
Programação visual Léo Rolim
Fotografia Rafael Passos
Produção Grupo de Teatro Osfodidário Cristhine Lucena
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